quinta-feira, 21 de outubro de 2010

as vezes eu acho que a minha felicidade de todos os dias, é a tristeza que eu guardo há anos.
as vezes eu fico me perguntando: o que é a vida?
ficar vegetando, atrás de um alguém que não existe. eu procuro em todos os cantos, olho para todos os lados e só vejo corpos e mais corpos. as pessoas esqueceram o que é amar, se é que o amor realmente existe.
andar por aí, sem saber aonde ir, atrás de um sentido pra quê? o sexo as vezes corrompe o sentimento, os valores foram trocados. eu só vejo pessoas juntas, e os interesses postos na mesa. nem isso. nem isso.
por isso a minha insignificancia pelo amor, as pessoas não amam, prezam pelas suas qualidades e procuram em outras pessoas sentidos para se completarem.
em casa, as perseguições e piadas, carregadas de segundas intenções e ironias. aguentar isso é como segurar um copo de água e colocar 2 litros dentro dele. cai, enche, alaga e inunda o chão. como sumir? como esquecer e para onde ir? como sumir se todos os olhares são voltados para uma única pessoa. eu cansei de crer em algo maravilhoso, de ter desejos e ir atras deles, até porque tudo de ruim, tudo de podre e terrível me desanima. sentido pra quê? viver pra quê? com esses dias complicados, onde eu só vejo as pessoas unidas, e , quando são, nao duram nem um dia.
sentir grandes coisas e maravilhas pode até ser bom, mas quando nao se sente, e fica na mesma durante dias e dias?
o mesmo, o repetitivo. cansei.

terça-feira, 19 de outubro de 2010


parte 01.

Encontrei a descoberta para o amor mais puro de todos. O de não amar. Negar o amor é como negar sua capacidade de domincação, é deixando de ser "abestalhado" que os outros vão te amar. Entregar, desejar, seduzir e amar. Joga fora o amar. Quando se tem muito, menos se quer, já que tem, pra quê tentar? Vou juntar todas as partes, e reunir em todos os meus livros como se as partes fossem retratos cortados e separadas elas não seriam descobertas, esquecidas nas páginas. Relembrar é um ato ruim. Sufoca e nos faz crer que poderia ter sido melhor.
Um dia, essas partes serão lidas, assim como os livros guardados cheios de poeira e de vontade, onde a saudade por eles será maior que tudo nessa vida. Lerei essas partes e delas eu lembrarei. Pouco.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


ace a saudade, um sentimento forte e corrompido pelo ódio humano, o calor da tristeza de um quê de arrependimento.
eu lia os romances e deles a criação da perfeição foi brotando as esperanças. E delas as incertezas nasceram. aonde quer, para onde for. quaisquer são, as chances de outrora poder te amar.
dos romances, as colheres de mentiras foram preenchidas e aquele vislumbramento acabou pelo conto da solidão e do esquecimento.
palavras, atitudes, café. A certeza de que ali não existe o mais. E sim o menos. O menos que de tão pequeno torna-se insignificante a ponto de morrer cheio de vazio.
Há quem diga que o amor brota do nada, outros, da convivência. E quem nao ama é infeliz. Há quem diga que o amor é patético, e muito menos compreensível. Fato. Ninguém sabe, ninguém nunca soube e nem vai sair, só se presencia e dele poderá um dia vir a esquece-lo. O amor de um dia, o esquecimento no outro. Ambas as partes estranhas.
Permita, antes de tudo, amar-se e desse amor conquistar tudo que há para ser conquistado. Jogue, recicle, elimine tudo aquilo passado e corra para o presente. Abrace-o e contudo, esqueça dos detalhes.
Eis a forma, eis a questão. Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: que as vezes o amor de um, não vale mais que um real. Amores são passageiros e deles a constante e inúmera máscara do real.
Hoje eu abracei o dia mais, muito mais que qualquer coisa. Abri a janela, escovei os dentes e disse pra mim mesmo que o dia, aquele dia, este mesmo dia é meu. Peguei meu carro, corri, troquei as marchas e buzinei. Sorri, cantei, me droguei. Não com maconha ou algo do tipo, mas com a droga do dia, que me conquista, que me alerta e que me dá entender que eu, sou eu e o resto não é nada.
Acordar, sonhar é tendencia organica, é natural. Amar, também. Mas sofrer por amor é infeliz, burro e infantil.
Hoje eu acordei mais eu, e todos os dias serão assim. Eu, espelho, eu.
Face a saudade, face a vontade, face de tudo, há quem diga que eu sou mais, muito mais que qualquer fantasia de felicidade.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Era assim. As tardes sempre iguais e o mar calmo na beira de seu ego.
Não bastava para mim, caminhar as noites e os dias. Bastava para nós a presença do outro para o tão distante fosse. Éramos dois. loucos, bebados e drogados. Mas, felizes.
Andamos léguas, corremos léguas, pulamos léguas e nos esquentamos centenas de vezes. O clarão distante da cidade era a nossa liberdade. Liberdade conquistada. Aquele mundo nosso, no escuro, no frio, na embriaguez, mas felizes por estarmos juntos de novo.
Areia, vinho, cigarro. Cigarro, vinho, boca. Risos, braço, boca e um eu te amo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


os caminhos me levam para as mesmas entradas. as estradas estao esburacadas. fui, voltei, retornei para além de mim e vejo que as minhas duvidas eram apenas incertezas pequenas. retornei para mim, e vi que o sol a brilhar ilumina mais ainda essa estrada a percorrer. nao só. jamais só.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

entre. veja a escuridão do seu lado, a face que desmente todos os teus sentidos. onde a tua felicidade é apenas uma face da tristeza coberta de panos transparentes.
olhe e veja, o que te torna um pequeno ser é aquilo que tanto acredita ter conquistado. veja as pessoas fantasiadas de luz, os espelhos remendados do outro lado do universo. veja a mesa farta, as roupas caras, as lojas luxuosas e os carros voadores, veja os tormentos, as infidelidades e as depressoes deitadas sobre a grana.
veja os amigos, aqueles a quem voce confia. repare bem. palhaços com sorrisos de coringa. falsos. invejosos. mentirosos.
acorde.isto é só um pouco da merda desse nosso mundo mentiroso.

domingo, 15 de agosto de 2010



o mundo acolhe os temores, e dos temores são feitas as chances. a mente varia, as horas transformam, e os buracos da pele se modificam. o rosto, os traços e o perfeito se esvai na forma de lamentações.
aquele doce ar, aquele toque, aquela vontade seca de te olhar, os sonhos dos quais eu esperava todas as noites antes de dormir. já não os quero mais.
eu queria que voce fosse melhor, onde o vento não podia te deter, o que fundava a perfeiçao humana, longe dos defeitos ocultos naquele ar único.
nós lutamos dentro de nós mesmos. fugimos de tudo que mais queremos. e acabamos esquecendo de nós mesmos. esquecemos que antes de tudo, somos nós a quem buscar.

domingo, 25 de julho de 2010

quanto mais longe, a ocorrência do dever te amar se torna mais vago ao caos da grande metrópole. a poeira do ar, a sujeira do mundo e a infidelidade de casais me cega dos principais princípios que eu tinha: de te amar, e fazer-te de ti a pessoa mais feliz.
mas essa vaga distância consome ainda mais a saudade, do suspiro escondido entre as lacunas ao ver teus olhos distraídos no meio de tantos outros.

e nos sonhos as vozes falam para calar essa vontade e acordar para a realidade, desistir de pular e voltar para longe do abismo. esse abismo que encanta, e ao mesmo tempo sufoca, enfraquece e destrói a alma.

o sofrer é pouco para o tamanho deste amor.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Olhe bem nos fundo dos meus olhos, veja você todos os dias em meu olhar. acredite no meu amor, de mês em mês, de dia em dia, até o vento soprar.
veja que você me consome, veja que meu amor não é passageiro, não é. existem tantos outonos e primaveras, invernos celestiais para nos encontrarmos juntos em um só corpo, desistindo deste frio que nos separa. Vem! eu estou de braços abertos, seria capaz de tudo por um só momento. acredite, ele existe.
não temos mais tempo para perder, a vida é tão rara, tão passageira que não permite a calma. A vida não para.

livros, cd´s, musicas, pessoas, mar, céu, lua, tudo isso... você.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

onde o ar consome tudo, eis aqui a metade de um todo meio errante e que perpertua a carne do pecado. eis aqui alguém que se consome por dentro, e de tanto se consumir a outra metade já esta palida, seca, sem ar.
eis aqui um alguem que sofre, um alguem de carne e osso, capaz de fazer as maiores loucuras por um belo olhar, um belo sorriso, uma bela voz.

o vento trás a outra metade, de tarde, na cama, em qualquer outro lugar. eis a metade capaz de destruir o alguém em pequenas farpas de saudade, saudosos abraços de lembrança.

aqui jás.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

de que vale um belo ausente. de que vale as ondas sem alguém para vê-las.
de que vale eu tentar.

o que brota, o que realmente brota, é a tentativa exacerbada de alguém persistente.

quinta-feira, 25 de março de 2010



O caminho parece ser grande, o final distante. O andar já atropela os sentidos, o cansaço consome mais o meu ar.
Eu ando, no meio do sertão "sem ter nem pra quê", sem ter onde chegar, sem um final, uma chegada e alguém me esperando de mãos suadas cheias de saudade.
Eu ando pelos matos secos, vejo pedras, o chão batido de calor rebate à mim a chama do sol nos meus olhos cansados.
Eu ando com a saudade dos meus tempos de bom moço, dos rabiscos que um dia fui e agora já não sou mais, e sempre tem alguém que fala que tudo um dia ficará bem; Mas o bem nunca vem, e eu não espero, não gosto de ilusões. Ja me acostumei com a desgraça da vida. A desgraça que acompanha a minha vida.
Eu andei por léguas, conheci lugares que nunca pensei que fosse conhecer e me apaixonei por várias mulheres, caseiras, rendeiras, artesãs e todas com o simples ar do sertão.
Nessas minhas andanças, por aí busquei o que não existia e sempre na morte fria do calor e de tudo que era morto ao redor, eu vi a flor mais bela no meio de tantos corpos secos, no meio de um chão alaranjado sem vida. Andei por milhares de caminhos para a achar a flor mais bonita, que mora até hoje nos meus dias assim, sem destino.

quarta-feira, 17 de março de 2010


os sorrisos são no todo a contemplação da esperança que brota no universo cheio do caos humano. a morte é apenas a divindade da paz, nesse mundo que a cada dia se torna mais louco

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

o carvanal tocou a musica do silencio, a saudade da despedida e a esperança de ver novamente os olhos da presença.
aqui chove, a rua está em silêncio, nada além de mim, o barulho do teclado parece incomodar. a chuva de Fortaleza parece ser fina, as vezes é calculista. - quanto mais pensamos que ela passou, mais ela está por vir.
passei o dia deitado como um gordo fudido, comendo e vendo televisão.(nada contra gordo, mas sim contra os gordos fudidos)
depois fiquei deitado no chão, nada como um chão gelado, doendo na costela e arrepiando até os pêlos dos pés. um suco, um gelo, um limão.

um sbt, uma globo, uma record no horario da igreja universal, não. Hoje eu notei coisas que eu nunca teria notado, as cores dos vasos, as cores das plantas e das formigas destemidas enfrentando sérios problemas com alguns gafanhotos.

acho que só. meu dia foi pouco.tchau.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


onde o fim nos leva, para a saudade eterna e abençoada dos corações partidos de saudade, das notas breves de letras pequenas, cifras musicais que nos revelam o que não queremos revelar.
de longe eu te vejo, meu caro amigo, meu grande amigo. eu te vejo seguindo meus passos, guiando no escuro a saudade que aperta a alma, e dela vai esgotando a vontade de me ter por perto.
onde sempre estive, você nunca esteve. onde eu sempre quis existir, você nunca me quis ali. onde eu te amei...

você sempre soube onde me amar.

e por aí, vaga no fim algo que tende a se opor contra tudo isso, e só nos resta amor; Saber onde está, para onde ir, e como ir. Irei sem você, sempre estive sem você, apesar de te querer tanto aqui perto de mim; And everything will be fine

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


O quanto for, pra onde eu for. Ohomem deixou de viver. o ventou deixou de existir. o amor que havia, não há mais. Cada sentença, de cada erro meu para ti voltou-se contra mim. Românticos são poucos, são loucos que vivem de suas loucuras, pensam que no outro está o paraíso, e que no paraíso vão encontrar felicidade.
românticos são cegos, desejam tudo, mas não conseguem ver que não recebem nada. São bêbados, drogados e prostitutos, costumam percorrer as ruas com suas frustrações atrás de suportar a dor de um 'QUÊ' que vive. Na bebedeira, nas drogas e no sexo fácil das piranhas de bairros pobres.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

As vezes a vida deixa a gente besta, a ponto de imaginar tanta coisa e crer nela.
As vezes a gente fica voando com os coqueiros e com o mar que bate, rebate, depois bate de novo... A gente vai, anda, conversa e vê o por do sol... até um palio já deu um de carro 4x4.
É meu camarada, meu amigo, meu irmão... a vida só é bela quando a gente vive com quem realmente gostamos.Não importa quaisquer forças vindas de outros lugares, a gente está ali, somos amigos,irmãos, sangue, carne e unha.
Aqui o vento bate, ele vem com força e a gente fica com o cabelo todo deformado, mas isso não é nada.. pra quem amannhece na rua, aonde for... e sem ligar pro dia seguinte, outrora depois de tudo de novo.é isso.

aqui o sol vai, mas a gente fica esperando ele vir de novo pra olhar ele indo e esperando ele voltar todos os dias com um sorriso no rosto.