segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O que se passa, pode não ser real. É. Eu aprendi a não demonstrar minhas vontades, e estou bem assim. As vezes, me escondo em abraços, em livros e cigarros. Mas, o meu eu grita, queima, sufoca e desanima. Eu vou gritar, lutar pra quê? Se para mim a guerra já foi perdida. Não sou Deus nem muito menos troiano para inventar outras formas de ganhar. Admito meu ego, mas o amo ao mesmo tempo. Acho que sem ele eu estaria perdido e menos valorizado. Eu tentei, fiz de tudo, lutei, busquei e pra quê? Acho que o meu eu é um ser afável longe de qualquer crítica, porque ele é que nem o seu, que nem o dele, que nem o de todo mundo... apenas se protege para não sofrer.

domingo, 13 de novembro de 2011



Eu te vi no meu espelho. Vi que as lembranças ainda continuam no ar quente da água morna. Vi teus passos em meu tapete, minhas, tuas, nossas roupas jogadas na sala. O que é, o que foi que.. a tua presença ainda continua tão temível e ao mesmo tempo esperançosa. O que foi? O que os carros me dizem, parados em um mesmo lugar? O que tantos pássaros brancos passam, param, pousam sobre mim. O que parece ser fácil, se torna confuso. É preciso um dicionário para ler tantos adjetivos, tantos substantivos do verbo amar.
Ontem eu fiz festa. Da comida à bebida. Tua presença estava ali, sobrepondo meu ar de esquecimento, dando à ele uma angústia silenciosa no meio de tanto barulho. No final de tudo, tantas garrafas, tantas latas, tantos maços e fiascos de cigarro. No final, eu.

sábado, 5 de novembro de 2011


Porque que o ser humano é tão tolo? Fútil, desprovido de qualquer ação bondosa? Há anjos escuros por todo lugar. Há tantos demônios escondidos em pensamentos que nos fazem de loucos, e mais loucos ainda são aqueles que nos dizem pra não acreditar. Sim, eles existem! Essa afirmação não é comercial de igrejas evangélicas, muito menos de ceitas demoníacas, basta olhar para um passante e verá em sua essência o demônio escondido atrás da pele. Uma distância que não se assume, como um relógio parado marcando uma mesma hora. E AÍ? QUE HORAS É O TREM? Há noites bondosas, há noites solitárias e há noites de terror. Frustrações em golpes de machado, família desgovernada e um abismo de mil metros. A sorte que para quem já caiu, cair de novo é um puro divertimento.