domingo, 13 de novembro de 2011



Eu te vi no meu espelho. Vi que as lembranças ainda continuam no ar quente da água morna. Vi teus passos em meu tapete, minhas, tuas, nossas roupas jogadas na sala. O que é, o que foi que.. a tua presença ainda continua tão temível e ao mesmo tempo esperançosa. O que foi? O que os carros me dizem, parados em um mesmo lugar? O que tantos pássaros brancos passam, param, pousam sobre mim. O que parece ser fácil, se torna confuso. É preciso um dicionário para ler tantos adjetivos, tantos substantivos do verbo amar.
Ontem eu fiz festa. Da comida à bebida. Tua presença estava ali, sobrepondo meu ar de esquecimento, dando à ele uma angústia silenciosa no meio de tanto barulho. No final de tudo, tantas garrafas, tantas latas, tantos maços e fiascos de cigarro. No final, eu.

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