quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Era uma terra sem fim. No horizonte apenas o sertão empoeirado de tristezas e solidão. - Todas as marcas podem ter um fim. Em pedras pisei, bebi o sol quente e afoguei o calor com ternura nos braços morenos de meu eu. Eu fiz de tudo para acolher o sertão, domá-lo, acordá-lo, amá-lo.

Acordei com o frio da noite. - O frio do sertão é o mais forte, o mais gélido e, para alguns, o melhor.
Esquentei no cobertor e no travesseiro alguns pensamentos. A noite nunca foi tão sozinha quanto aquela, na varanda dos 100 anos e na vontade de ter algo por perto. O sertão tem grandes belezas, grandes ternuras e não somente sofrimento.

Você se aproximou do sol, do frio, de mim e ficou.

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