quarta-feira, 15 de setembro de 2010


ace a saudade, um sentimento forte e corrompido pelo ódio humano, o calor da tristeza de um quê de arrependimento.
eu lia os romances e deles a criação da perfeição foi brotando as esperanças. E delas as incertezas nasceram. aonde quer, para onde for. quaisquer são, as chances de outrora poder te amar.
dos romances, as colheres de mentiras foram preenchidas e aquele vislumbramento acabou pelo conto da solidão e do esquecimento.
palavras, atitudes, café. A certeza de que ali não existe o mais. E sim o menos. O menos que de tão pequeno torna-se insignificante a ponto de morrer cheio de vazio.
Há quem diga que o amor brota do nada, outros, da convivência. E quem nao ama é infeliz. Há quem diga que o amor é patético, e muito menos compreensível. Fato. Ninguém sabe, ninguém nunca soube e nem vai sair, só se presencia e dele poderá um dia vir a esquece-lo. O amor de um dia, o esquecimento no outro. Ambas as partes estranhas.
Permita, antes de tudo, amar-se e desse amor conquistar tudo que há para ser conquistado. Jogue, recicle, elimine tudo aquilo passado e corra para o presente. Abrace-o e contudo, esqueça dos detalhes.
Eis a forma, eis a questão. Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: que as vezes o amor de um, não vale mais que um real. Amores são passageiros e deles a constante e inúmera máscara do real.
Hoje eu abracei o dia mais, muito mais que qualquer coisa. Abri a janela, escovei os dentes e disse pra mim mesmo que o dia, aquele dia, este mesmo dia é meu. Peguei meu carro, corri, troquei as marchas e buzinei. Sorri, cantei, me droguei. Não com maconha ou algo do tipo, mas com a droga do dia, que me conquista, que me alerta e que me dá entender que eu, sou eu e o resto não é nada.
Acordar, sonhar é tendencia organica, é natural. Amar, também. Mas sofrer por amor é infeliz, burro e infantil.
Hoje eu acordei mais eu, e todos os dias serão assim. Eu, espelho, eu.
Face a saudade, face a vontade, face de tudo, há quem diga que eu sou mais, muito mais que qualquer fantasia de felicidade.

2 comentários:

Pâmela Grassi disse...

Almir,

Cá já coloquei meu espanto pela tua escrita, e neste escrito não soa diferente. É orgânico sonhar pois é inerente os nossos pés desejarem voar,

beijos

Áquila B. disse...

Fascinante! Adorei! :)